Você percebe que está apaixonada quando começa a questionar se o beijo do Tiago Lacerda pode ser mais gostoso do que o dele. Pior do que pensar nisso é chegar à conclusão que não, nenhum beijo pode ser melhor do que o dele. E se você tivesse a chance de beijar todos os galãs da globo ou ele pela última vez? Eu com certeza faria o que a gente fez esse ano inteiro: faria do nosso último beijo o mais gostoso que levaria à uma ligação no dia seguinte e mais um beijo e outro e outro... Porque esse ano inteiro eu ouvi: ‘Eu nunca mais vou ficar com ela’ e te vi me beijar todas as vezes que falou isso.
O ano inteiro a gente fugiu de sentir o que a gente sente hoje e cada dia mais nos vejo presos em uma situação sem saída. Por mais que a gente brigue, se afaste, diga não querer mais, eu sempre penso que eu nunca quero que esse último beijo chegue. Eu não quero uma última ligação, um último abraço, um último sorriso, um último apelido ou um último olhar. Eu não preciso beijar outra pessoa pra me vingar de você, porque o tempo todo eu vou pensar que eu queria que fosse você. Agora me diz, porque a gente faz isso? Porque eu tento te machucar e me afastar se eu só quero que a gente tenha mais tempo juntos? Porque você me deixa de lado às vezes se sempre diz que gosta de mim? Porque a gente não consegue simplesmente assumir o que todo mundo vê?
Porque eu me deparei com uma Flávia na versão masculina. Com os mesmos medos e inseguranças, com feridas que não te deixam se entregar e com um vestibular chegando. A gente é tão parecido que isso chega a me irritar. Como eu me apaixonei por mim mesma? Claro que com muitas diferenças, mas com a essência igual a minha. Você imagina o que é pra mim escrever pela primeira vez um textinho apaixonado pra você? Eu escrevi pelo mesmo motivo que sempre escrevo, a gente brigou. E apesar disso, nunca duvide que foi porque eu não acredito no que você me falou, pelo contrário, eu acredito em todas as tuas palavras e poderia dizer o mesmo pra você. Eu poderia dizer todo dia o quanto eu gosto de você, mas eu não o faço, então como posso te julgar por isso?
Eu só não quero começar o ano sem poder te ligar e te desejar um ano maravilhoso, pior, eu não quero começar o ano sem te abraçar e falar: feliz ano novo e passe ele comigo, por favor! Nesse ano novo você sabe o que eu vou desejar? Paixão. Coloquei calcinha vermelha e pintei as unhas de vermelho. Então me perguntaram: você quer tanto amor assim? E eu disse: Não, amor eu já tenho, eu só quero que nesse ano novo ele não se acabe e que essa ‘paixão’ se renove todo dia pra eu não ter nunca que pensar que o último beijo chegou. Eu não quero te ver ir embora sem olhar pra traz como você fez da última vez. Eu quero que você me olhe sempre, porque eu amo o seu olhar. Eu sinceramente amo o jeito como você me olha com carinho, com olhos de quem sempre quer me dar o melhor e talvez não consiga. Você sempre me abraça como quem segura um tesouro e me dá a mão com cuidado como se pudesse quebrar a minha. São pequenas as tuas atitudes, mas pra mim elas têm compensado todos os teus erros. Eu não quero te deixar nesse 2012, que ele venha pra nos alegrar muito!
sábado, 31 de dezembro de 2011
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Terceirão
Estranho pensar que ano que vem não veremos mais esses rostinhos conhecidos todas as manhãs, né? Por mais que a gente viva falando que não se gosta, a gente se acostumou a presença uns dos outros. Acostumamos a falar que a gente se odeia e não percebemos o quanto a gente se gosta.
Nós sofremos juntos nas provas, nos sétimos horários e na química orgânica! Brigamos juntos pelo adiamento das provas, pelo nosso banco que foi tirado do corredor, pelas coisas que nunca eram obrigatórias, mas sempre valiam ponto. Brigamos até pela nossa camisa de formatura, que no final foi a mais simples e bonita da escola!
Rimos juntos em churrascos, todas as vezes que o Carlos resolvia dar um show e quando a Mary dava pala! Rimos das piadas sem graça de Macaé, da ‘’letra A Ronaldo’’ e dos vídeos brilhantes da aula de história.
Acorda gente, já passamos por muitas juntos! Esse terceirão pode não ser o mais unido do mundo, mas é o nosso! Nem todos nós somos amigos de finais de semana. Alguns de nós nem se vêem depois de 13h, mas passamos as manhãs juntos durante 3 anos. Sabemos muito uns dos outros, compartilhamos dramas e alegrias. Vivemos momentos terríveis e maravilhosos.
Não fomos a turma mais estudiosa do colégio, pelo contrário, tomamos muitas broncas durante o ano. Certamente deixamos de aprender muitas matérias acadêmicas. Mas aprendemos a bater cabelo, a dançar Liga da Justiça, que Stevie Wonder é Deus, a sermos cutões e que covil existe! Aprendemos também que terceiro ano tem todo ano, mas que 2011 não volta!
Ano que vem só Deus sabe onde estaremos, o que faremos e se nos veremos, mas eu sei que sentiremos e deixaremos saudade. Nossos professores morrerão de saudade da turma mais quietinha da escola, dos 7º horários que sempre renderam tanto e das bombas que explodiam pelo menos uma vez ao dia!
Sentiremos saudade das palas de ‘’você sabe quem’’, de como a Adriana faz as questões mais difíceis parecerem tão lógicas e de como tudo é tão obvio pro Paulo. Sentiremos saudade das fofocas da Luciana, das besteiras da Mary e dos olhos arregalados da Jamile. Das discussões futebolísticas com o Ronaldo, das redações em que a Taiana nunca achou que merecíamos um dez e das caras e bocas da Lidiane e do Ébert (acho que é mal de professor de filosofia/sociologia). Sentiremos falta da empolgação da Liliane, ya? Da calma da Dênia e na verdade, sentiremos falta da Fran falando Guilherme! O que será de nós sem estudo, vocabulário e interpretação da Jerusa e sem a Jussara pra colar e brilhar? Ah! Jandira, você tá me ouvindo? E Weder, você finalmente vai liberar a gente?
Sentiremos falta também dos gritinhos estridentes do André, da leitura jornalística da Fatima Ber... ops! Da Ariany! Dos braços bombados do Arthur, das musiquinhas que o Bê inventava na aula, do ‘’tá de deboche’’ do Carlos, do Thor da Daiane, da auto estima que a Fernanda tem de sobra, das várias cores de cabelo da Flávia, da bomba e do Projeto Jari da Francine e da metade da cueca pra fora do Guilherme, ou melhor, Bambam. Da feira hippie da Isabela, das palavras que o João inventava, da risada silenciosa da Joyce por qualquer motivo e das cochiladas do Keke. De como é surreal a Larissa desfilando, mano! Da quietice da Laura, dos resumos da Let, dos sítios da Lolo e da Luiza Amélia chorando. Da meiguice da Luizinha , dos lanches na hora da prova do Marcelo, das cantorias da Mariane, da rapidez do Mário e dos lazers do Pedro. Das zuações da Thaís, do aluno exemplar que o Vinicinho era, dos boletins diários sobre futebol do Vinição e dos desenhos da Yara.
Somos a casa dos artistas! Nós conseguimos mudar o esquema do TQF, dedar o método de cola da escola inteira e arruinamos a nossa própria viagem de formatura!
Agora me diz, será que uma turma que passa por tudo isso é tão desunida assim? Acho que não! Nós apenas somos tão chatos que precisamos falar o tempo inteiro: ‘’somos desunidos’’, ‘’a gente se odeia’’... até nisso somos todos parecidos !
No final a gente sempre acha que nada do que fazemos juntos dá certo, mas dá sim. Nós chegamos até aqui, né? Não teremos mais que acordar cedo todas as manhãs ou assistir aquela aula que a gente detestava, pois é, acabou!
Acabou esse sacrifício que é conviver com vocês, agüentar a pior parte de cada um e aprender a amar a melhor parte. E agora? Será que pelo menos na despedida a gente consegue se unir? Será que somos destes que perdem pra dar valor? Quer saber? Eu não. Eu não quero saber o que é perder vocês. Eu prefiro pensar que apenas seguimos nossos caminhos e que um dia, se pa, a gente se esbarra por ai. Obrigada terceirão, vocês são a minha turma!
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